CRIANÇAS A MESA
Lactentes que ganham muito peso durante o início da vida tendem a ser obesos nas fases seguintes, podendo a obesidade permanecer durante a adolescência, com maior fator de risco para a obesidade na vida adulta.
A obesidade infantil pode ser gerada por fatores genéticos ou por vários outros, como a introdução de alimentos sólidos nos primeiros seis meses de vida, disponibilidade exagerada de alimentos, sedentarismo, a qualidade dos alimentos ingeridos e o consumo de drogas estimulantes do apetite, levando a criança a apresentar fome excessiva.
Deve-se acrescentar ainda que os pais têm grande responsabilidade na alimentação dos filhos. O excesso alimentar provocado por pais “super protetores” pode levar os filhos a um ganho de peso excessivo.
A - A criança come apenas para chamar a atenção dos pais, porque nestes momentos ela é o centro das atenções. Quando “limpa” o prato, ela é elogiada, quando não, é reprimida e se sente rejeitada. Torna-se "gulosa" e gorda para agradar e ganhar atenção.
B - A criança rejeita determinados alimentos e os pais fazem barganha para que ela coma aquilo, mesmo sem gostar. Ela aprende a fazer chantagens para ganhar coisas, utilizando os alimentos para isso.
C - A criança é colocada de castigo à mesa e lá permanece até que coma tudo, ou quase tudo que os pais acreditem ser suficiente para ela. Comer, para essa criança, torna-se um castigo. Ela chega a ter náuseas quando a comida é introduzida forçosamente em sua boca. Mesmo assim, ela é obrigada a ingerir o “castigo”.
D - A criança não quer comer, mas é forçada a sentar-se à mesa, e ameaçada com o chinelo ou algum outro instrumento. Chega, às vezes, a apanhar para comer. Para essa criança, comer é dor, é sofrimento, é medo de apanhar. Por isso, come bastante para se proteger, para não sofrer.
As crianças devem ter seus mecanismos de fome e saciedade respeitados. Não se deve estimular o excesso de ingestão alimentar nas crianças, mesmo que elas sejam magras. Magreza nem sempre significa processos de desnutrição ou depleção nutricional. Se a família tem bons hábitos alimentares, a criança se projetará para eles. Caso contrário, antes de corrigir a criança, a família deverá rever seus próprios hábitos e só então estimular a seguI-los também, já que os filhos quase sempre se espelham nos pais.