Intoxicação alimentar
- fabianorobert
- 26 de abr. de 2016
- 3 min de leitura

No verão é preciso redobrar as atenções com a saúde, é uma época de diversão e de muitos
cuidados. É nessa época de calor que microorganismos se proliferam e aceleram a
degradação do alimento. Intoxicações alimentares e infecções gastrointestinais se
relacionam à má condições de preparo e conservação dos alimentos. A primeira relaciona-se
ao consumo de alimentos contendo microorganismos e a segunda a toxinas produzidas por
estes presente nos alimentos.
As vezes as pessoas não se dão conta dos riscos que tais condições trazem à saúde. Os
sintomas mais comuns são vômitos e diarréia, além de cólicas abdominais e que, em
determinadas pessoas, principalmente, idosos e crianças, pode levar a morte, por
desidratação, em casos extremos. Nos Estados Unidos, a intoxicação gastrintestinal resulta
em mais de 300.000 hospitalizações a cada ano e causa 5.000 mortes.
Os contaminantes mais comuns são as bactérias, especialmente Salmonela, Shigella,
Stafilococcus, Clostridium, E. coli, entre outros. Outros contaminantes incluem os vírus, os
parasitas (vermes) e as toxinas.
Nem sempre conseguimos determinar a causa exata dos sintomas. Questionar outras pessoas
que ingeriram as mesmas comidas e, informações sobre o espaço entre a refeição e o
começo dos sintomas podem ajudar a diagnosticar o problema
-Menos que uma hora sugere que uma toxina está envolvida;
-Várias horas ou mais sugere uma infecção bacteriana;
-Mais que 12 horas sugere uma infecção viral.
-Os sintomas de intoxicação alimentar incluem:
-Náuseas;
-Fraqueza geral ou cansaço;
-Dor de cabeça;
-Dor abdominal e cólicas;
-Vómitos abruptos;
-Diarréia (E em certos casos com sangue).
-Desidratação
-Febre
Podem durar cerca de quatro dias, dependendo do tipo de contaminação a que o alimento foi
exposto. Se for apenas toxina, como a dos estafilococos, que provoca vômito, a duração é
curta, de apenas um dia. Porém, se os causadores forem vírus e bactérias, além de os
sintomas serem mais fortes, o período será prolongado por dias, em alguns casos por uma
semana.
A intoxicação alimentar, pode ser prevenida facilmente. Calcula-se que 85 % dos casos
podem ser evitadas controlando-se o preparo dos alimentos, seguindo-se as normas de
higiene.
Acerte no preparo e no armazenamento:
-Lave bem as mãos antes de manipular os alimentos,
- Cozinhe bem os alimentos – em particular aves, carnes e leite não pasteurizado.
-Consuma imediatamente os alimentos cozidos. Caso sobre, guarde-os em recipiente
tampado na geladeira.
-Reaqueça bem o alimento cozido se for consumi-lo em outro horário.
-Selecione e lave em água corrente: frutas, verduras e leguminosas. Depois, coloque-
as imersas em uma solução de água sanitária (uma colher de sopa de água sanitária
para cada litro de água) ou produtos especiais para esse fim.
-Observe a data de validade dos alimentos.
-Evite o contato do alimento cru com o cozido, para que o primeiro não contamine o
segundo.
Respeite as características dos alimentos:
-Pescados devem ser mantidos refrigerados (até 4 ºC) e por período não superior a
24 horas.
-Carnes cruas (bovina, suína, de aves e outras) e alimentos que sofreram cozimento,
devem ser guardados em refrigeradores (até 4 ºC) por até 72 horas.
-Ovos crus devem ser conservados nas prateleiras da geladeira – e não na porta –,
por até 14 dias.
-Os produtos considerados "estoque seco" (bolachas, arroz, macarrão, feijão,
enlatados etc.) devem ser armazenados em temperatura ambiente
Alimentação fora de casa:
Fique atento a preparação dos alimentos, exposição a temperatura ambiente por longos
períodos, principalmente aqueles que contenham molho, maionese, embutidos e camarão,
pois são os mais relacionados a intoxicações alimentares.
Aqui vão alguns cuidados no momento de escolher onde fazer um lanche ou uma refeição
rápida na rua:
-Observar se os utensílios utilizados estão higienizados;
-se o manipulador está com o uniforme higienizado, cabelos presos, utilizando tocas,
sem barba e se as unhas estão curtas e limpas;
-se as superfícies onde os alimentos são manipulados estão limpas;
-se o vendedor manipula alimentos e dinheiro ao mesmo tempo sem lavar as mãos;
-se o armazenamento dos alimentos está sob temperatura controlada, se notar
gotículas de água, pode ser um sinal de que a refrigeração não está adequada;
-se existe algum ponto de água potável próximo;
-atenção a data de validade dos produtos.
Durante e após a intoxicação, manter-se bem hidratado, beber mais de 2 litros de água por
dia e repouso são boas dicas. Tirar alimentos das refeições pode ajudar no não agravamento
dos sintomas. O leite, por exemplo, tende a piorar a diarréia. Deve adotar uma dieta leve,
preparada com alimentos cozidos, feitos na hora, sem conservantes e gorduras. Deve comer
pequenas quantidades, de cinco a seis vezes por dia. Arroz, legumes cozidos e sem casca,
bolacha água e sal, gelatina, carne grelhada e sopas são ótimas pedidas para o cardápio
diário.
Nesse calor, a dieta deve ser, preferencialmente, balanceada e leve. Portanto, gorduras e
frituras devem ceder espaço a grelhados e assados. Apesar de não haver consenso devido a
variações individuais, recomenda-se 2,5 litros/dia para mulheres e 3,5 litros/dia no homem.
Abuse de sucos de frutas, consuma verduras e legumes cozidos ou crus, preferir alimentos
de condimentação suave (evitar mortadela, salame, pimenta do reino, entre outros) e
consumir maior quantidade de fibras, cereais, frutas e grãos são algumas dicas também
muito importantes.